sábado, 9 de abril de 2011

Sem título


Tem pessoas que têm religião. Outras que a religião é a ciência. Outras ainda que a religião é a vida.

A minha religião hoje é a ARTE.

O palco, o atelier, a rua é meu templo.

Meu evangelho são os pincéis, argila, tecido, luz, som, espaço e texto.

Com eles eu comungo à vida.

A arte com seus mandamentos tem me mostrado a utilidade das coisas inúteis, as várias perspectivas de um único fato e o respeito único às várias decisões.

Cada coisa é composta de um material e cada material é composto de cada coisa.

Que todos os caminhos levam a Meca, Igreja, Templo...

Que o ser humano é forte, mas é frágil.

Que nós pertencemos a natureza, mas a natureza não nos pertence.

Que o vermelho pode ser sangue, fogo, vida, morte e muito mais.

Que o branco nem sempre é paz.

Que o preto é a presença de todas as cores.

O humano é só, porém vive em sociedade, mas não pode ser comparado as formigas, cupins ou abelhas.

O homem é humano porque ama. Mas o caramujo não ama o orvalho? A grama não ama a chuva? A porta não ama o batente? O cachorro não ama seu dono?

A arte me ensinou ter a visão multifacetada da mosca, a sensibilidade do peixe e a adaptabilidade do camaleão.

A ARTE É MINHA VIDA.

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